segunda-feira, março 31, 2008

Centésima Oitava Voz - Adeus você...


Adeus você!
Eu hoje vou pro lado de lá!
Eu tô levando tudo de mim,
que é pra não ter razão pra chorar!
Vê se te alimenta e não pensa que eu fui por não te amar...
Cuida do teu, pra que ninguém te jogue no chão
Procure dividir-se em alguém!
Procure-me em qualquer confusão!
Levanta e te sustenta, e não pensa que eu fui por não te amar!

Quero ver você maior, meu bem!
Pra que minha vida siga adiante!

Adeus você!
Não venha mais me negacear!
Teu choro não me faz desistir,
teu riso não me faz reclinar!
Acalma essa tormenta e se agüenta, que eu vou pro meu lugar!

É bom...
Às vezes se perder sem ter porque, sem ter razão
É um dom...
Saber envaidecer
Por si saber mudar de tom

Quero não saber de cor, também
Pra que minha vida siga adiante...

- Marcelo Camelo -

Centésima Sétima Voz - Ciúme


Eu quero levar uma vida moderninha
Deixar minha menininha sair sozinha
Não ser machista e não bancar o possessivo
Ser mais seguro e não ser tão impulsivo...
Mas eu me mordo de ciúme
Mas eu me mordo de ciúme...
Meu bem me deixa sempre muito à vontade
Ela me diz que é muito bom ter liberdade
E que não há mal nenhum em ter outra amizade
E que brigar por isso é muita crueldade...
Mas eu me mordo de ciúme
Mas eu me mordo de ciúme
Mas eu me mordo de ciúme
Mas eu me mordo de ciúme...
- Ultrage a Rigor -

Centésima Sexta Voz - Inovação


Não sei de nada sou um eterno aprendiz
O som que agrada amigo é você quem diz
E eu assumo agora tudo que eu fiz foi só
E esse som é diferente eu sei

Eu não fiz nada amigo eu só inovei
Estakazero amigo esse é o meu forró
Meu Bob Marley se chamava Luiz
Não era o rei do reggae e sim do baião
Minha Jamaica é o Nordeste é o Sertão
É o som da terra é que o pé da serra que nasce o forró

Forró pesado xote colado
E a menina na ponta do pé
É que eu te carregue forró com reggae
É que faz a poeira subir
É forró pesado xote colado
E a menina na ponta do pé
É que eu te carregue forró com reggae
Venha se entregue então vamos fugir...

- Kuque Malino -

terça-feira, março 25, 2008

Centésima Quinta Voz - Canção da Despedida


Eu saí da estrada há muito tempo atrás,
Indo atrás de uma miragem que desapareceu
Só os loucos acreditam em fantasmas,
Como amor eterno que alguém prometeu!


Eu dei mais do que podia e isso não bastou!
Mas um dia a gente acorda e a febre já passou!


E hoje estou de volta à vida, aos amigos, aos sorrisos, sob o sol
E hoje estou de volta à vida!
Pra você essa canção da despedida!


Dessa vez perdi o rumo e a medida!
Fiquei tão fraco quanto alguém pode ficar!
Nessa viagem quase cego eu te seguia,
e fazia quase tudo pra agradar!


Eu tentava acreditar que isso é que era amor...
Eu estive tão doente e agora já passou!


E hoje estou de volta à vida, os amigos, aos sorrisos, sob o sol
E hoje estou de volta à vida!
Pra você essa canção da despedida!


E eu tentava acreditar que isso é que era amor...
Eu estive tão doente e agora já passou !


- Leoni -

Centésima Quarta Voz - Depois do Fim


Mas como eu começo depois do fim?
O som da porta batendo atrás de mim...
Minha vida se parte em pedacinhos pequenos!
O que restou, o que dizer, prá quem ligar, aonde ir?

O vazio total e a urgência de recomeçar
Em que casa, em que rua, em que mundo eu vou morar?
Onde eu vou entre o fim do trabalho e o começo do sono?
Prá te esquecer me entrego pra qualquer bobagem na TVE

Eu rezo pra dormir, mas Deus não quer me ouvir!
Eu tento resistir enquanto a noite e o céu desabam sobre mim!

Sobra espaço no armário e agora aqui...
O vazio na alma, na cama e ao redor de mim

Caio em prantos na rua e nem ligo!
Me acostumei com vexames!
Volta pra mim, me mostra onde eu errei e te perdi

E eu rezo pra dormir, mas Deus não quer me ouvir!
Eu tento resistir enquanto a noite e o céu desabam sobre mim...

- Leoni e Boni Borja -

segunda-feira, março 17, 2008

Centésima Terceira Voz - Um copo dágua e uma tempestade...


Assumo minha culpa por esse dia chuvoso!
Fui eu quem trouxe a chuva em minhas palavras.
Sei o estrago de tanta água, mas não consigo pará-la...
Pois essa chuva, ela é surda, muda, cega...
Incontestavelmente desobediente...

Assumo minha culpa por esse dia chuvoso!
Mas reconheça:
Não fui eu quem semeou o vento que trouxe tempestade!
A voz que ecoa nesse trovão não é minha!
E a luz daquele raio cegou apenas meus olhos... não os seus...
Calou apenas minha alma... não a sua...
Ordene a esse vento que sopre!
Que sopre o mais forte possível, e leve essa tempestade para longe!
Fique em silêncio por um minuto!
Ouça o que eu digo!
Cale esses trovões!

Agora que nada mais existe para ofuscar meu olhar,
peço-lhe apenas para que devolva meu coração...
Aquele coração puro e sem máculas que eu te entreguei,
e do qual você não soube cuidar...

Sem ele, meus dias serão todos nublados, encobertos...
Sem ele, o sol não pode voltar a brilhar para mim...
Sem meu coração, não há Razão...

- Todas as Vozes -

terça-feira, março 11, 2008

Centésima Segunda Voz - Estranheza...


Estranho seria se eu não perdesse a lucidez diante de tanta estranheza...
Eu: estranha de mim mesma
Eu: estranha na situação
Estranho amor
Estranhas reações
Estranho descontrole
Estranhas ações
Estranhas conseqüências
Estranha loucura...

Passional
Racional
Sem razão
Sem motivos
Sem tamanho
Sem solução
Sem resolução...
Sem final...
Sem vontade
Sem coragem
Sem mim
Sem você
Sem os outros
Sem as outras

Decepção
Desconfiança
Desesperança
Dor
Sofrimento
Imaginação
Desejo
Vontade
Saudade
Luta

Estranho seria se eu não perdesse a lucidez diante de tanta estranheza...
Eu: estranha de mim mesma
Eu: estranha na situação
Estranho amor
Estranhas reações
Estranho descontrole
Estranhas ações
Estranhas conseqüências
Estranha loucura...
Estranheza do tempo que não passa e não faz passar...
- Todas as Vozes -

domingo, março 09, 2008

Centésima Primeira Voz - Fênix


Eu! Prisioneiro meu!
Descobri no brêu uma constelação...

Céus! Conheci os céus pelos olhos seus: véu de contemplação...
Deus!
Condenado eu fui a forjar o amor no aço do rancor
E a transpor as leis mesquinhas dos mortais...

Vou! Entre a redenção e o esplendor de por você viver...
Sim! Quis sair de mim, esquecer quem sou e respirar por ti
E assim transpor as leis mesquinhas dos mortais...

Agoniza virgem Fênix, o amor!
Entre cinzas, arco-íris, esplendor!
Por viver às juras de satisfazer o ego mortal...
Coisa pequenina,
Centelha divina,
Renasceu das cinzas
Onde foi ruína,
Pássaro ferido,
Hoje é paraíso...
Luz da minha vida
Pedra de alquimia
Tudo o que eu queria
Renascer das cinzas...
E eu!

Quando o frio vem nos aquecer o coração
Quando a noite faz nascer a luz da escuridão
E a dor revela a mais esplêndida emoção...
O amor!

- Jorge Vercilo e Flávio Venturini -

Centésima Voz - Devaneio


Mergulhei no mar
E não dava pé
Me apaixonei
Mas não sei por quem
Sonho com alguém
Que você não é

Eu me entreguei demais
Eu imaginei demais
E o silêncio fala mais que a traição
Foi um devaneio meu
Um veraneio seu
E um outono inteiro
Em minhas mãos

Vi um sol nascer
Pelos olhos seus
Me deixei levar
Eu não refleti
Que era a luz dos meus
Refletida em ti

Eu me entreguei demais
Eu imaginei demais
E o silêncio fala mais que a traição

Foi um devaneio meu
Um veraneio seu
E um outono inteiro em minhas mãos

- Jorge Vercilo -

Nonagésima Nona Voz - Cura


"Não somos mais
Que uma gota de luz
Uma estrela que cai
Uma fagulha tão só
Na idade do céu...

Não somos o
Que queríamos ser
Somos um breve pulsar
Em um silêncio antigo
Com a idade do céu...

Calma! Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu...

Não somos mais
Que um punhado de mar
Uma piada de Deus
Um capricho do sol
No jardim do céu...

Não damos pé
Entre tanto tic tac
Entre tanto Big Bang
Somos um grão de sal
No mar do céu...

Calma! Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu
A mesma idade
Que a idade do céu...

- Moska -