quarta-feira, junho 27, 2012

Um Meia Nove

Ano passado estava eu bordejando por SP, quando no meio da estação de metrô da Sé (eu acho), tinha algo lá perdido! Prontamente, fiz o que? Toquei!


Toquei uma música simples para não passar vergonha, pois ando enferrujada! Dedinhos de pianista aposentada não são muito ágeis! Mas imediatamente as pessoas começaram a parar para ouvir... Em poucos minutos uma pequena multidão começou a se formar e antes que ela aumentasse de tamanho, me levantei e segui meu caminho...

Mas quando "Pour Elise" começa a atrair multidões, é hora de parar pra pensar... Essa música é linda, mas toca em caixinhas de música, brinquedos de parque, espera de telefone, é extremamente repetitiva, e quem a ouve por muito tempo, começa a ter zumbido... Mesmo assim, uma pequena multidão se formou ao redor do piano, e não era composta por idosos, mas por adolescentes e crianças, que em plena era digital se sentiram atraídos pelo som do martelar de cordas de um instrumento dos mais antigos que existem...

Impressionante como o mundo anda carente de beleza e boa música!

Voz Um meia oito

Sabe duas coisas que eu ultimamente não tenho vivido sem?


Gastrite e rinite... façam o favor de me errar? Cansei, poxa...

quarta-feira, junho 20, 2012

Um meia sete!


A flor nasceu. Na minha vida nasceu a flor. A flor branca, clara, Edelweiss dos trópicos!

Ah, Papai do Céu!!! Algumas vezes vc me irrita! Esse zumbido irritante do medo no meu ouvido cansou! Não quero mais!

Outro tempo começou pra mim agora! E nada de deixar nem a rua nem a vida me levar! EU me levo! Se sou senhora da minha mente, da minha vida e dos meus sonhos, nada me detém! Quer brigar comigo? Lutei muito tempo contra meus instintos! Agora? Agora sou mais eu! Agora eu tenho a flor!

Calma? Calma eu estou! A flor nasceu! E ela é forte, suave e brilha!

Sim! Ela brilha! Como sempre brilhou mas nunca ninguém havia percebido!

Deixa a flor guiar seus passos! Deixa ela te iluminar!

Deixa a flor ser você!

Só você Nina Rosa!

terça-feira, junho 19, 2012

Um meia meia...

Vivemos nesse eterno acorda, trabalha, almoça, trabalha, volta pra casa, janta, estuda, dorme, assiste TV, escreve no blog, facebook, telefona pra alguém... A gente vive pra trabalhar e trabalha pra viver. Ou melhor, trabalha pra pagar contas e o dinheiro nunca chega. Nossa vida vai passando, sem nos darmos conta de que ela está indo embora, e que a cada salário recebido é um mês a menos que temos a receber.

Parodiando minha música do momento, "Tô ficando velha e louca". Diria que to ficando velha e analógica. Esse é meu lema atual. Cansei do virtual: quero o real! Quero pegar um livro e sentir o cheiro do papel. Quero ir a um cinema ver um filme e comer pipoca! Prefiro uma boa locadora de DVD a filmes baixados na internet. Adoro aquela coisa de ir até as prateleiras, escolher um filme qualquer e assisti-lo em casa comendo um monte de besteira engordativa e com gordura trans! Que saudade de ir a uma loja e escolher um CD, de esperar uma carta chegar do correio e de esperar os filmes da Tela Quente começarem... 

Morro de saudade do tempo em que escutávamos rádio com a fita cassete dentro dele. Quando tocavam os primeiros acordes daquela música esperada, o REC era acionado, e lá estávamos nós gravando a música preferida, que seria repetida milhares de vezes no Walkman até que a fita se gastasse! Sinto falta de escolher um livro naquela revistinha do Círculo do Livro e esperar ele chegar em casa... de ir até a banquinha de revista e sair contente com um pacote de figurinhas do mais novo álbum! Sinto falta de colocar o filme pra revelar e aguardar ansiosamente pelas fotos, mesmo que fosse pra descobrir que todas saíram com o dedo na lente, ou com os olhos vermelhos!

Perdemos o sabor da espera. Da delícia angustiante de aguardar por uma coisa que desejamos muito e finalmente saborear o sabor da conquista quando a conseguimos. Ganhamos com a velocidade gritante do mundo? Sem dúvida! Mas perdemos tanto também... Perdemos pequenas coisas que são muito difíceis de recuperar...

Hoje entendo o tom nostálgico que sentia quando fatos da infância e adolescência eram narrados por minha avó, minha mãe, minhas tias... é um gosto de saudade, que nenhum tablet pode nos dar. O mundo digital pode ser lindo, mas a era da "annalogia" sem dúvida era muito mais gostosa!

Queria "annalogizar" um pouquinho a nossa realidade...

segunda-feira, junho 18, 2012

Meu... 165ª

"Nem vem tirar meu riso frouxo...



Com algum conselho...


Que hoje eu passei batom vermelho!



Eu tenho tido a alegria como dom!
























Em cada canto vejo um lado bom!"


:)
Mallu Magalhães

Os Dramalhões - 164ª



Momento Besteirol: o retrato de draminhas básicos do dia-a-dia... Só pra constar! rs Cliquem em cima que amplia!

A Parte I - The Drama King


A Parte II - Agora é minha vez! The Drama Queen! rs



163ª - Alguma Voz

Quando criei esse blog, o fiz com a intenção de desabafar, mas sem me comprometer ou me mostrar tanto. Ironia, pois desde 2006 fui lançando aqui fragmentos de mim, de minha vida, de meus pensamentos, de momentos... pedacinhos que apelidei de vozes, pois é a voz que expressa na maior parte das vezes tudo isso que acabei de citar.

Neste mundo que aqui criei, eu era a cidade e ela estava contida em mim. Contida que estava, fui deixando-a sair. Alguns momentos fizeram com que as vozes se calassem, outros com que gritassem. E elas gritaram com todo ardor o que queriam dizer.

Hoje paro pra ler muitas dessas coisas e sinto inocência em minhas palavras. Em outros ditos sinto arder a crítica, o silêncio ou até mesmo o ócio total no qual repousavam meus dizeres. Algumas vozes parecem saídas não de mim, mas ditadas por alguém que estava sentado ao meu lado, me dizendo o que escrever apenas para que alguém pudesse ler aquilo e sentir-se bem. Outras realmente foram ditas por outros autores, mas retratavam o que eu queria dizer na hora. Tudo devidamente referenciado. 

Depois de 6 anos de blog, muita coisa mudou. Eu amadureci, o mundo adoeceu e não se curou, pessoas partiram sem deixar um adeus e outras disseram adeus pra nunca mais voltar... Mas eu continuo aqui. O Vozes permanece vivo, e cada vez mais pessoas se juntam aos que curtem e o lêem com certa frequência.

É bom saber que pelo menos algo em minha vida permaneceu constante, apesar das plenas metamorfoses pelas quais fui acometida: a escrita.

Que ela permaneça firme, me acalentando e me curando durante muitos e muitos anos.