sexta-feira, outubro 19, 2007

Septuagésima Nona Voz - Como canção


Como canção a poesia sumiu de meus olhos
e acordei em silêncio.
Como poema, a música ecoou em meus ouvidos
e a luz de mais um dia cochilou em minha alma.
Despertei ao adormecer entorpecida por um olhar...
calmo, sereno, seguro...
distante de meus receios, de minhas culpas, de meus vacilos...

Como Poesia, aquele olhar serenou meu coração
E meus ouvidos tocaram canções nunca entoadas...
Quando a voz se fez amiga,
e as chaves estavam todas em tuas mãos
eu esperei...
esperei...
esperei...

Como luz, tuas mãos tocaram as minhas
e minha alma não reconhecia o novo...
ecoaram vozes, ecoaram risos, se fez silêncio...
e em cada sussurro o inesperado era concreto...

E como silêncio tua vontade tocou minha alma
e qual criança ela confiou em ti...

- Anna Emíllia Meira Soares -

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