
O apego insiste em me rodear
Me prende a pessoas, passado, lembranças
Me apego e pego nas pegadas de outra vida
Que não me pertence mais e me tem
Ouço o silêncio das canções que vem de cima
Não dizem nada, mas as sinto e posso tocar
Toco lembranças intocadas por outras mãos
Recordações só minhas que eu já não quero mais
O apego cala a dor de não poder
Me pertencer ou pertencer a esse lugar
Em suas mãos minhas canções não choram mais
Lágrimas rolam para dentro desse olhar
Ouço o silêncio das canções que vem de mim
E que se calam por não saberem gritar
E ao cantá-las como canta o coração
O som é mudo...
O apego insiste!
Anna Emíllia Meira Soares - 12 de abril de 2011